O Salmo 92 é o Salmo do culto. É uma expressão clara da alegria do povo de Israel em servir ao seu Deus. Eles viviam uma vida teocêntrica, onde Deus (e conseqüentemente o culto) estava em posição de primazia. Para eles, a vida culminava no sábado, no serviço de Deus, do dia separado.
Tal serviço era regado de uma alegria que brotava com o amanhecer, uma força passiva. Para o salmista, sua alegria não era forjada por conquistas ou momentos, mas dada por Deus. Já percebeu que estamos tentando
“inventar” nossa alegria, mas que ela é volúvel e ineficiente? A alegria que vem de Deus não é assim, mas nem todos entendem. Aliás, o texto diz (v.6) que só o “crente sábio” alcança este grau de entendimento.
Enfim, chegamos a relação com o desânimo que, segundo o texto, é incompatível com a vida do que crê. Os (vv.12-15) citam a continuidade, o vigor que permanece a despeito das tribulações. Aliás, o deserto significa na bíblia aprendizado e crescimento e não desânimo. As provas podem até causar abatimento (uma espécie de golpe duro que me retrai, mas que me permite soerguer!), mas não a paralisação. Sim, porque o desânimo paralisa e o seu motivo principal é tirarmos os olhos da cruz e colocarmos nas pessoas. Quando o crente perde o foco, perde também o vigor e, consequentemente a alegria (que segundo Neemias, é a nossa força).
Torne, então, para Deus, para cruz e para Cristo, mantendo seus olhos atentos como quem “vigia o leite no fogo” pois, se dele tirarmos os olhos, entorna!
O Senhor te abençoe e te guarde.
Com carinho, pastor Leandro